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domingo, 28 de julho de 2013

Há flamingos na lagoa dos Salgados


Na longa passadeira de madeira sobre as dunas, o vento de levante assobia de ocidente e, com a sorte a bafejar-nos pelas costas, afasta os mosquitos para a lagoa que, de longe, parece tão artificial quanto o campo de golf que a rodeia e a selva de blocos de apartamentos castanhos, que se confundem com a terra barrenta, é um facto – parecem construídos de barro vermelho - não fossem as milhares de palmeiras que infestam o local, porque não crescem nem nada, e se o areal fosse um deserto e os blocos de apartamentos, castelos árabes, então diríamos ter chegado a um oásis no Sahara; um pequeno erro de navegação e um mar apenas que os separa.
Mas eis senão que, aqueles pontos brancos ao longe, de pernas longas e patas na água lamacenta, se transformam em flamingos e, pelo seu aspeto, não foram ali plantados por aqueles que suicidaram as palmeiras, vindas de um qualquer oásis de viveiro (visionário ou louco? Visionário não certamente!)

Há mesmo flamingos de verdade na lagoa dos Salgados!

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