Pesquisar neste blogue

sábado, 24 de dezembro de 2011

O mago Havel

É revelador que seja nos períodos de profunda crise de contornos precisamente materialistas que as mentes inquietas evoquem a ideologia e os valores como os únicos elementos catalizadores da felicidade e do bem estar.


Relógio Astronómico Praga 2011



Havel é um Homem de valores: não é crente mas exorciza o ateísmo da nova civilização, a falta de crença em algo de superior e não explicável, a ausência de ligação à eternidade e ao infinito.Foi um revolucionário, fez questão de se assumir como o mais não político de todos os políticos de Estado.
Nunca abdicou de ser intelectual - os que prevêm as catástrofes morais - não se coibiu de exaltar à transcendência como a unica forma de preservar os valores da humanidade europeia, mas assumiu-se como um estadista que sabe que nada é evidente nem previsivel...
Como as antigas civilizações europeias assumiam!
Lutou por destruir o regime das certezas absolutas e incomodou-se com a tendencia ocidental para a certeza absoluta e para a  cega confiança no irredutivel poder da tecnologia.


Independentemente da topografia da crença, o espírito do Natal pode ser o de comunhão com o infinito e a eternidade
Ajuda-nos a recuperar a modéstia e a aceitar a imprevisibilidade do destino humano, relembra-nos o espiritual e a necessidade de nos transcendermos para garantir o nosso futuro
Obrigado mago Havel és um verdadeiro Pai Natal da esperança europeia.
Que sejamos capazes de te ouvir na eternidade - o que quer que seja que ela representa!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Longe da multidão - Baia de Cascais

O fim da tarde de Dezembro realça o fantástico cenário da baía, cheia de detalhes e forte personalidade.
Descubro o nosso glamour em todas as visitas...é um Natal de cores todos os dias...sempre!

http://www.youtube.com/watch?v=KuUVa75dA5Q



domingo, 11 de dezembro de 2011

Porto 24º à sombra



Ñovembro, fatalmente S. Martinho


A tempestade promete vomitar calor sob a forma de vento.


É um fim de tarde surreal, uma conjunção impossível de meteorologia equivocada...


Tropical!


A qualquer momento esperávamos o tufão descontrolado, dernorteando o golfo do México.


Foz do Douro, 12 de Novembro, um mero equívoco geográfico!


Estes momentos de pré tempestade, 24º ao vento, provocam uma adrenalina energética que não se ouve, porque o vento a ensurdece, mas sente-se, porque exerce uma força que nos obriga a enfrentar o vento e ser herói Titanico, braços de Cristo e uma esperança remota de acompanhar as gaivotas em vôos rasantes desde a terra até ao mar.


Verdadeira inconsequência!


Mas este espectáculo, demonstração de que a terra é movimento - apesar de não haver tufão - obriga-nos a correr à frente do vento e da terra, acordar da letargia de um Inverno adivinhado.


Quanto mais não seja pelo surpreendente!


Quem diria, Novembro Porto 24 graus à sombra!