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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mauer Park a juventude inquieta









Na fronteira de Prenzlauer, o parque das ervas que crescem sem que alguém se interesse, a multidão de miúdos empesta aleatoriamente o lugar, feira da ladra no vale e um concerto de rock (concurso de karaoke?) encosta acima, miúdos num senso muito lato, os que brincam nos baloiços e o que (se percebem) estão curvados com o peso dos piercings…de tanto pensar pouco e agir ainda menos.
O entusiasmo é moderado, pelo rock e (provavelmente) pela companhia, porque o sonambulismo alcoólico já predomina na tarde (meia tarde) de Domingo, neste espaço que alguém se esqueceu dele – por ser Mauer ou por ser parque? –
E a descida ao vale é um inferno de quinquilharias sem arranjo – provavelmente o quintal de trás de todos os habitantes de Berlim - mais uma das no man land que pululam entre o centro artificial de nenhuma das antigas cidades.
Sacudido o pó deste encardido baldio de recreação gratuita, procuramos afincadamente descobrir as diferenças entre os artefactos de penduro de origem leste e oeste – uma distracção tão esotérica quanto o local e os seus temporários habitantes – mas não conseguimos.
Em dia de festa semanal, a geração do piercing está totalmente integrada na grande pátria Alemã – mesmo que contra a vontade desta última.

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