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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Destinos de um país pequeno











Eslováquia é uma verdadeira História de paixões não correspondidas, traições de sangue e alianças equívocas.
Comecemos pelo temperamento eslovaco (ou de quem povoava o local): os otomanos barraram em Bratislava depois de entrarem triunfantes em Budapeste; Napoleão destruiu a cidade mas não entrou no castelo! Basicamente os eslovacos são duros de roer e essa característica de personalidade pode explicar todo o resto, ou talvez não!
Apoiaram os austríacos na disputa pelo poder com os húngaros e perderam!
Os húngaros ganharam a revolta e passaram a dominar os eslovacos.
Quando os checos, depois da primeira grande guerra, criaram um estado independente, os eslovacos foram nele integrados – apesar de não entenderem porquê e não quererem de todo.
Hitler decidiu que, ou passaram a ser independentes dos checos e tornavam-se num estado alinhado ou eram integrados na Hungria.
Escolheram a independência e apostaram mais uma vez num cavalo, a prazo condenado.
No fim da guerra ninguém os reconhecia – apesar da rebelião eslovaca tardia contra os alemães no final da guerra que virou banho de sangue e abriu as portas aos russos – e foram automaticamente integrados num novo país unificado, agora comunista por opção dos checos e (novamente) opção dos eslovacos.
Fado de país pequeno: católicos por contraditório com os ateus checos, os eslovacos foram perseguidos no seu credo. Rebelaram-se em 1968 em conjunto com os checos e começaram a revolução de veludo em 89, um dia antes de Praga.
E o mundo jamais reconheceu.
No meio dos anos setenta, os insensíveis comunistas arrasaram setenta por cento da cidade velha ( o bairro judeu por completo ), construíram milhares de blocos de apartamentos pré-fabricados (com duração prevista quase em fora de prazo) junto ao Danúbio e uma via rápida encostada à Catedral onde haviam sido coroados os imperadores austro-húngaros.
Haviam guardado a sua reduzida sensibilidade artística para a bela Praga e utilizaram a católica Bratislava como tubo de ensaio das políticas expansionistas quinquenais comunistas
Triste destino de um país pequeno!

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