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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A noite das sombras longas

Prometeram-nos uma reinterpretação das quatro estações do ano...um efémero calendário noturno...nunca as estações do ano passaram tão depressa nem tão magicamente pelos sentidos.
Tudo genericamente verdade.
Mas á saída da estação ferroviária as luzes apagaram-se e a multidão que afinava a maquilhagem nos reflexos das janelas das sobre lotadas composições, que admirava as suas próprias unhas dos pés, entre centenas de sandálias abertas que se pisavam no fundo das carruagens, que conferia os locais de encontro nos ecrãs dos smartphones enrolados nos varões inexistentes, sim, todos eles, se transformaram numa sombra gigante que invadiu as ruas e os becos, as praças e a baía como se fosse um prenuncio de peste negra.
E não mais se viu a face humana, apenas fantasmas com voz e sombras ávidas de luz que tropeçavam nuns, nos outros e nos obstáculos que consagravam as efémeras estações do ano.
O lado mais fascinante da luz é quase sempre a sombra.
E a arte contemporânea exige sempre interpretações alternativas.
Sem prenúncios, juro!



A mancha negra


A grande onda


a pequena sombra chinesa


O castelo de Kafka



O nome da Rosa


Contos nórdicos


As almas penadas


Star Trek


The dark side of the world...



NOTA: A noite das sombras longas, ou na sua versão original, Lumina, é um evento que dignifica a visão contemporânea da arte e da vila. Sem mácula, devemos nós reconhecer e, mesmo quando não entendemos, é impossível dizer que é fraco porque é nacional, diremos sempre que é destas "cenas" que vivem as exposições universais...em todo o mundo!

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