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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Realidades encenadas


Um Sol furioso enfrenta a tempestade com perseverança. 
À tempestade, sucede a bonança. Nem sempre é assim, mas as multidões acreditam. 
Afinal de contas o nosso clima reflete a nossa natureza: esperança
Mas no Inverno, o ciclo é, tendencialmente, fechado, e a bonança pode ser prematura.
Mas as multidões já congestionavam a marginal, a estrada mais perto do mar.


A maré subiu, a tempestade galgou as areias e a crença na inexistência de alertas meteorológicos de monta, deixou as famílias inquietas e a estrada mais perto do mar voltou a encher-se


Abandonaram-se os despojos com uma pressa de quem não antevê amanhã, adivinham-se castelos inacabados e um choro de criança.


Fuga descontrolada por causa do Sol de Inverno, promessas interrompidas e um terreno fértil para a encenação de realidades como aquela visão de criança (que não tem medo de molhar os pés) promovendo simetrias com o mar e com os faróis da foz do Tejo.
A partir de terra instável, claro




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