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sexta-feira, 22 de julho de 2016

FDR


Franklin Delano Roosevelt
Trigésimo segundo presidente.
O homem que chegou à presidência com a grande depressão, inventou a solução para a primeira crise capitalista da história e morreu com a guerra já ganha.
Entendia as coisas com rapidez, conseguia ligar-se às pessoas, tinha autoconfiança e era dedicado à causa pública.
Por isso foi eleito para quatro mandatos, um de cada vez
E havia quem dissesse que era um homem com sorte.
Mereceu a ilha que lhe dedicaram, plantada no East River, entre Manhattan e Queens, mesmo no meio do rio, uma ilha entre duas ilhas.
Foi contudo uma prenda estranha que lhe ofereceram
Foi prisão e asilo, custou trinta e dois mil dólares aos nativos e esteve abandonada décadas depois de Charles Dickens ter denunciado as péssimas condições em que ali viviam prisioneiros e velhos.
É o maior dos elogios que lhe podiam fazer.
Roosevelt era um homem que gostava das causas perdidas
Tem uma ponte que a atravessa por cima, mas que não permite que os pedestres que atravessam de Manhattan ou de Queens desçam na Roosevelt Island.
Para lá chegar só rasgando as entranhas do rio na linha F do metro da cidade ou pendurado num teleférico que sai de Manhattan na rua sessenta.
Sempre encostado à ponte de Queensboro, como que lembrando que aquela ponte nunca devia esquecer a ilha do presidente.
Os lugares exclusivos, Sr. presidente não são nunca de fácil acesso.
É o maior dos elogios que lhe podiam fazer.



Mas porque os grandes homens só são coroados quando a História lhes dá razão, o projeto do FDR Four Freedoms Park demorou quarenta anos a ser erguido, seguindo escrupulosamente o plano original do arquiteto Louis Kahn.
Cobre a totalidade da ponta sul da ilha, hoje barrada por um imenso estaleiro de construção que impede o acesso a não ser a pé, ao longo de quase uma milha entre destroços e guindastes, debaixo de um calor abrasador no Verão ou dos agrestes ventos do Atlântico, no Inverno.
Portanto um santuário virgem, apenas para crentes, um lugar mágico que estimula o sonho e liberta o espírito.
O parque celebra o discurso das quatro liberdades, em que o presidente, face à ascensão do nazismo e do totalitarismo, previu um mundo fundado sobre quatro liberdades essenciais
Cinco magnólias com trinta anos, cento e vinte árvores pequenas de folha de tília, uma barreira de rocha com onze mil metros cúbicos de um composto de granito, parcialmente recolhido no local, que suporta a ponta da ilha e a protege da erosão, um busto esculpido a bronze e as quatro liberdades esculpidas num bloco de granito.
Uma bandeira das Nações Unidas e um monte de moedas de Roosevelt.


E um enorme, soberbo e inspirador silêncio.
Seis de Janeiro de mil novecentos e quarenta e um
“In the future which we seek to make secure, we look forward to a world founded upon four essential human freedoms. The first is freedom of speech and expression – everywhere in the world. The second is freedom of every person to worship God in his own way – everywhere in the world. The third is freedom from want…everywhere in the world. The fourth is freedom from fear…anywhere in the world”
Encheu-me o dia!

Estava pronto para regressar à Babilónia


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