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sábado, 25 de março de 2017

Pablo, e os exílios dourados

Santiago, 2010

O meu personagem do fim-de-semana foi o Pablo.
Não digo Neruda, porque, se o fizesse, logo se criaria um auréola romântica que distorceria a verdade do filme e, provavelmente, quase todas as suas motivações e encantamentos.
Não sou, de todo, um cinéfilo, e por isso sou um tanto desajeitado com o desenho da forma, com as subtilezas dos diálogo e até com as mensagens subliminares que abundam no cinema de autor.
Por isso não entendi porque é que o primeiro livro que Pablo deixou Oscar apreender fosse "As mulheres quando vão ao zoológico, já não voltam."
Mas, construído sobretudo em cenários de sombras profundas e de contraluz ostensiva, pareceu-me coerente

Santiago, 2010


Um jogo de pistas
Um bordel heroico, resistente ao interrogatório de um polícia de bigode e ao close up do realizador
Um oficial que seria general sem medo
E mulheres.

Santiago, 2010

São imagens que desfilam num enredo que nos faz adivinhar o desfecho
Afinal de contas estávamos em 1948, do Óscar, o polícia, não restam vestígios de História e do Pablo, todos o conhecem pelo poeta que foi apresentado à indolência boémia e parisiense pelo seu amigo Pablo

 Santiago, 2010

Democracias populares efémeras entre ditaduras nacionalistas de pendor absoluto e um fascínio muito europeu pelas histórias de exilados sobreviventes.

Neruda, o filme.
Premunição 1973, quando só a Europa permanece livre.

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