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quinta-feira, 24 de março de 2016

I took afternoon off


E de repente ele sentiu um vazio.
Imenso.
Enquanto o mundo explode em seu redor, em mais uma semana de lágrimas. Enquanto desfila no horizonte uma sequência de adrenalina invertida, em que o centro do mundo implode pela vontade dos anestesiados.
E ele perguntava ao mar.
Mas o oceano não respondia às suas inquietações.
As ondas eram lineares e previsíveis, o Sol brilhava ventoso, não havia murmúrios, nem lamentos, nem mesmo sussurros.
Apenas ele na areia, hesitante e para cá da fronteira do mar.
E ele decidiu que nada tinha a perder e lançou a linha ao mar, agarrou-se com firmeza à cana de pesca e desafiou as ondas.
E tudo passou a fazer sentido!
O  mar revelou-se em quatro tons, o azul escuro da profundidade, o azul claro das águas de segurança, dóceis e pouco profundas, o branco da espuma da ondas que traziam os peixes e as boas memórias, e o resto de água amarelada pelas areias que sobram das ondas, exatamente antes de invadirem a terra.
E tudo isto sem efeitos especiais.
A sombra é real e a mochila não constitui uma ameaça a ninguém.
Depois de uma tarde de folga, tudo readquiriu um sentido.
Nem sempre é bom ser o centro do mundo, há uma vida para além da loucura.
É assim uma espécie de nova esperança!
Vazio preenchido

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