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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Estado Social já não protege dinossauros


O discurso ardiloso do dinossauro Mário ecoou da caverna da política pré-histórica, prec ativo de sobrevivência do clube da retorica (politica, ideológica?), pretensão visionária.
Amigo Mário, descobriste tu e os teus amigos franceses, uma nova ideologia capaz de fazer renascer o ideal social-democrata na europa.
Um novo farol sem conteúdo ideológico, mas visto como um golpe de magia política que deixa inebriada a confraria dos compadres, apenas eles em busca da salvação de uma classe que ainda não sabe que está perdida.  
 A ideologia do crescimento, no mesmo tom e comprimento de onda que o direito adquirido do ocidental e civilizado estado social...que parecia irresistível e triunfante sobre o muro de Berlim.
Sim, esse que se revelou demasiado ganancioso para ser apenas social e se auto elegeu durante décadas de obra feita e privilégios reais, dando-nos uma (falsa) sensação de segurança sustentada em horários de trabalho reduzidos, reforma antes dos sessenta, tudo em troca do poder para a vida, para os nossos esclarecidos guardiões do templo
Ainda os cacos não se estilhaçaram todos, nos passeios da nossa (restante) vida…
Sim, trato-te por tu, porque fomos companheiros de luta no verão de 75 tu, na varanda da sede do teu partido, com o peito às balas (se viessem), cercado na praça da república por revolucionários raivosos e eu miúdo, no meio da multidão, de mão dada ao meu pai a começar a nascer para a democracia, a antecâmara do estado social de 86, a europa unida da abundância.
Como queres crescer, Mário?
O estado social justificava per si a sobrevivência, geração após geração, dos políticos profissionais, baluartes da civilização ocidental.
Falido o estado, ferida a auto estima, chegou a altura de se tornar razoável e vender as pérolas e os privilégios e embalsar os dinossauros. 
Sim, qual superioridade civilizacional que está à venda no oriente (fábrica do mundo), a maior antítese geográfica e cultural do orgulhoso e altivo Ocidente.
Darwin afirmava que não eram os mais inteligentes e os mais fortes que sobreviviam, mas os que melhor se conseguissem adaptar.
Por isso cuidado que eles podem mesmo sobreviver, para além mesmo dos princípios que em tempos defenderam (os elegeram)
Há muito que já me convenci que as cegonhas não vêm de França e mesmo a ideologia tem limites, na ombreira da porta da demagogia.

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