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sábado, 24 de dezembro de 2011

O mago Havel

É revelador que seja nos períodos de profunda crise de contornos precisamente materialistas que as mentes inquietas evoquem a ideologia e os valores como os únicos elementos catalizadores da felicidade e do bem estar.


Relógio Astronómico Praga 2011



Havel é um Homem de valores: não é crente mas exorciza o ateísmo da nova civilização, a falta de crença em algo de superior e não explicável, a ausência de ligação à eternidade e ao infinito.Foi um revolucionário, fez questão de se assumir como o mais não político de todos os políticos de Estado.
Nunca abdicou de ser intelectual - os que prevêm as catástrofes morais - não se coibiu de exaltar à transcendência como a unica forma de preservar os valores da humanidade europeia, mas assumiu-se como um estadista que sabe que nada é evidente nem previsivel...
Como as antigas civilizações europeias assumiam!
Lutou por destruir o regime das certezas absolutas e incomodou-se com a tendencia ocidental para a certeza absoluta e para a  cega confiança no irredutivel poder da tecnologia.


Independentemente da topografia da crença, o espírito do Natal pode ser o de comunhão com o infinito e a eternidade
Ajuda-nos a recuperar a modéstia e a aceitar a imprevisibilidade do destino humano, relembra-nos o espiritual e a necessidade de nos transcendermos para garantir o nosso futuro
Obrigado mago Havel és um verdadeiro Pai Natal da esperança europeia.
Que sejamos capazes de te ouvir na eternidade - o que quer que seja que ela representa!

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