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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Simbolismos - A arte do que não é suposto ser


A fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva inaugurou a semana passada, a exposição Sonnabend| Paris - New York com um conjunto de obras que, há cerca de cinquenta anos, constituíram o primeiro confronto da pop art com a escola de Paris.

A pop art acentuou o simbolismo do que não era pressuposto ser arte na representação, não do que é real, mas da forma como os objetos são representados.

Fiquei pois convencido que a arte é, acima de tudo, simbolismo.

(Como a exposição de um perú, ainda por assar, devidamente emoldurado e saliente numa parede pode representar tudo o que representa, para os americanos, o Dia da Ação de Graças )

Pois então numa tarde de Sábado cinzento junto ao rio, envolto por muito (tudo) do mais nobre que representa uma forma de nos representar como povo, decidi dedicar-me à arte (do que não era pressuposto ser arte), coleccionando símbolos e uma vontade de representação muito própria de nós próprios. 



Minimalismo, frugalidade, predomínio das formas de geometria definida, espaços abertos, árvores que respeitam as estações do ano em espaços devidamente confinados...e a Torre de Belém.



Numa versão pop, em que a duplicação e o espelho são apenas uma forma de demonstrarmos apreço - tal como Bach repete combinações de notas, num crescendo - estes símbolos pretendem representar ambição, inovação, tecnologia, funcionalidade e descoberta que contracenam com a irreverência, a universalidade e a elegância das figuras humanas (do povo, portanto)


Entretanto tomámos conhecimento que o reabilitado Darwin fez, esta semana, duzentos e seis anos de idade e que uma obscura organização sem fins lucrativos - A Mars One - está a preparar para 2024,uma expedição de colonização do planeta Marte (uma viagem de ida, sem regresso planeado) para a qual se candidataram duzentos mil terrestres.
Ao que consta, não há nenhum português na lista.
Universalista e descobridor, mas só podemos ter saudades se pudermos regressar!

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