Da janela vitoriana do nosso perene apartamento de Oban, vislumbrávamos os primeiros clientes da barbearia que prometia um verdadeiro corte de cabelo turco, a lavandaria do lado que exalava cores orientais, mas debaixo dos andaimes do passeio da frente, as montras exibiam também as obras de Alice Strange, os sabores de uma destilaria de whishy local e os cheiros de fragrâncias nativas de skye
Nesta janela sobre as ilhas ocidentais, os ferries que ligam o continente e o rendilhado de ilhas, garantem a união nacional mas concedem a esta baía de cores fortes e de gente feliz uma áurea de cosmopolitismo, de quem estaciona no cais com as suas malas de rodas, hoje brilhantes de um sol que os surpreendeu.
E quando o sol não é avaro, eles riem, na pequena fábrica de vidro artesanal, no atelier do artista, junto ao monumento de Mcgraig, em frente à porta das casas das pessoas.
Em Oban, a capital do peixe e do marisco, só o peixe e o marisco foram sobreavaliados.
No resto, vive-se uma absoluta sintonia entre o mar e a terra.
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