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domingo, 28 de janeiro de 2018

Arte sem legendas

(ou a reconstrução apressada de uma história atual – Extratos da Bienal de Cerveira)


Mediterrâneo – Uma homenagem às vitimas da estupidez humana, um título que explica os destroços de madeira, os fragmentos peças que não se conseguem consertar, cuidadosamente expostos à curiosidade mórbida dos espetadores anestesiados, e as cores vivas das roupas retalhadas que denunciam as origens de África





(Sem fotografia disponível, apenas imaginação)





Porto uma outra ideia de cidade quadrados cinzentos, figuras geométricas que servem de moldura às janelas, uma sensação de aperto, de conformismo, de falta de espaço para criar


O guardador de estrelas é um ser incompleto que paira sobre a liberdade, quase estropiado pela ausência de um espaço finito onde se recolher




Um sem título que não se isenta de responsabilidades, a mulher de branco que cose o uniforme militar como se quisesse consertar as asneiras dos homens. O branco alvo e o cinzento guerra




Saída negra de Helena Almeida transporta um turbilhão de desistência, desespero e morte, como se a paixão só o é se for retalhada e fatal, representada pela banda desenhada na melhor tradição do filme negro e da humana atração pelo abismo - Cadáver Exquis (de une grande delicatesse)




Diz olá ao primo parece ser uma forma triunfal de evocar (o que poderia ter sido) a teoria da evolução das espécies, o que não deixa de ser um epílogo possível para o regresso às origens que representam alguns dos laivos da realidade contemporânea.


Apenas alguns… 

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