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terça-feira, 2 de maio de 2017

No limite do infrator



WPP é um (raro) fenómeno de massas quando o assunto é fotografia.
Claro que aqui a imagem não pretende ser arte, mas uma janela para uma visão do mundo.
Tendencialmente grotesca e extrema, em grandes formatos e cores que apelam ao drama.
Uma realidade extremada que angaria multidões, seja em frente ao rio e aos tropeçar das gentes, seja para lá dos montes, onde ninguém passa ao acaso.
O ar que se respira é pesado e o acotovelar das famílias é tanto mais intenso quanto mais insuportável é o sofrimento humano.
A natureza, o desporto e as minorias jazem inertes e sem entusiastas seguidores, uma espécie de ar puro e de espaço livre que afugenta os nossos insaciáveis olhares.
Sempre mais intrusivos, os fazedores de imagem tornam-se os protagonistas do desespero humano.
Informação ou glória, ou quantas imagens valem uma vida humana?
Apesar da penumbra dos espaços, são as sombras e os ruídos de um quotidiano despreocupado que incomodam a reflexão impossível.
Voyeurismo ou uma pesada consciência social?
Disfarçar os relevos e atenuar as cores são a (melhor) forma de respeitar as vítimas







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