Na marina de Albufeira, três espécimenes
súbditos de SM e respetivos herdeiros (de Sua Majestade), lambem gelados na
esplanada, numa manhã de calor abafado e céu azul cinza.
Gordos, mesmo muito gordos.
Estes não vão partir nos
cruzeiros aventura, “fishing experience”, “Jet Boat” e outras alucinações aquáticas,
expedições a praias e a grutas.
Mas as dezenas de loiros que
descem as escadas deste complexo de cores garridas e arquitetura infantil,
saltam para os botes com uma alegria de parque temático, como se o mar do Algarve
fosse uma Adamastor mediterrânico e os golfinhos fossem tubarões brancos
esfomeados de beef.
Arranjaram finalmente uma
utilização para esta obra folclórica de regime – em fase acelerada de falência –
que continua a ser uma ilha fantasma rodeada de construções inacabadas!
No “Cape Coal Handle” aterramos
numa qualquer colónia britânica nas caraíbas, não há lusos na praia, a bica tem
acento e os souvenirs são mais caros que as lembranças.
No clube náutico de Ferragudo, os
gins tónico servem-se em copos de balão e o Peter, o John e Alice, despejam os
balões como jarros de limonada selvagem.
Numa praia perdida entre as
arribas do cabo central do Algarve há um pirata que serve pizzas num barraco de
madeira em decomposição projetada, bifes e outras carnes cobertas de algas e
refasteladas à sombra das arribas, que tem sinais de derrocada iminente
Bife para todos os gostos
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