Calor abrasador, avenidas largas, parque imensos, vistas de uma grande burguesia de outrora.
Digno de um Marechal, apesar de
provavelmente deslocado do tempo, da época e dos ideias de terceira república.
Num Sábado de Agosto não há
vivalma nas avenidas e no horizonte sobram as marcas de uma miragem (água no
fim da avenida?) e a arte confunde-se com a ânsia de fresco, forçado é certo,
mas fresco.
MAC by Serralves, e não importam
os autores porque a linguagem quer-se disruptiva.
Mas hoje, entre espelhos e jogos
de luz, a linguagem é, em espaços, explícita, a arte é literal, sem grandes
preocupações pictóricas, uma estética sem rodeios nem filtros, gutural mesmo!
O espaço, a quinta-pulmão da
cidade aristocrática (confusão com burguesa, ou apenas uma diferente colocação
na linha cronológica da cidade?) de grandes avenidas e ideais imperiais,
promove a arte em grandes espaços, onde o espaço é, em si, uma catedral de
reflexão futurista sem cantos desnecessários nem intromissões de autores
mediáticos.
E o ar forçado, que nos reduz a
temperatura à flor da pele em, pelo menos, quinze graus, ajuda muito a entender
a arte contemporânea de vanguarda!
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