A estação tola aproxima-se do fim
Silly season para que não restem equívocos
São as manhãs de neblina costeira
e outonal que nos acordam para a elevada perecibilidade do Verão
E do inverno...
A rapidez das ondas do tempo
desfaz as memórias num ápice
Enquanto no país do sol poente as
festas e festivais de verão extinguem a chama de um povo que se incendeia no
calor da estação alta, os velhos emigrantes regressam "quando se prova o
sabor de Paris nunca mais ficamos contentes com Portugal " e os miúdos com
uma idade cada vez mais próxima dos nossos filhos despedem-se dos empregos precários
(os nossos) e do desemprego e preparam-se para seguir o regresso os velhos
emigrantes
Para saltar a fronteira
inexistente
Não queremos (porque somos) ser
piegas porque…
É o mercado, é a vida todos
entendemos, o equilíbrio da oferta e procura, o mundo global que provoca a
desertificação das periferias e enriquece os lusitanos de novas vivências e
realça a nossa competitividade no mundo.
Mas o que será de nós se os
nossos filhos não voltarem?
Seremos a geração que não
consegue fechar a porta, os solitários guardiões de templo perdido
Não é retorica, é um fado!
Juramos que vamos gastar os últimos
euros para os ajudar a emigrar como triunfadores de um mundo global
E não como o cu do mundo inteiro
Mas... E se não voltam?
Não é retorica, é uma visão
aterrorizadora (sim, exagerada e piegas) de extinção
Demasiada diáspora para a velhice
residente.
Resta-nos plantar raízes nos seus
pés e lembrar-lhes que somos o melhor país do mundo para viver
Ganhem a taça e tragam-na para
casa!
Seja isso o que for!
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