Franklin
Delano Roosevelt
Trigésimo segundo presidente.
O homem que chegou à presidência com a grande
depressão, inventou a solução para a primeira crise capitalista da história e
morreu com a guerra já ganha.
Entendia as coisas com rapidez, conseguia ligar-se às
pessoas, tinha autoconfiança e era dedicado à causa pública.
Por isso foi eleito para quatro mandatos, um de cada
vez
E havia quem dissesse que era um homem com sorte.
Mereceu a ilha que lhe dedicaram, plantada no East
River, entre Manhattan e Queens, mesmo no meio do rio, uma ilha entre duas
ilhas.
Foi contudo uma prenda estranha que lhe ofereceram
Foi prisão e asilo, custou trinta e dois mil dólares
aos nativos e esteve abandonada décadas depois de Charles Dickens ter
denunciado as péssimas condições em que ali viviam prisioneiros e velhos.
É o maior dos elogios que lhe podiam fazer.
Roosevelt era um homem que gostava das causas
perdidas
Tem uma ponte que a atravessa por cima, mas que não
permite que os pedestres que atravessam de Manhattan ou de Queens desçam na
Roosevelt Island.
Para lá chegar só rasgando as entranhas do rio na
linha F do metro da cidade ou pendurado num teleférico que sai de Manhattan na
rua sessenta.
Sempre encostado à ponte de Queensboro, como que
lembrando que aquela ponte nunca devia esquecer a ilha do presidente.
Os lugares exclusivos, Sr. presidente não são nunca
de fácil acesso.
É o maior dos elogios que lhe podiam fazer.
Mas porque os grandes homens só são coroados quando a
História lhes dá razão, o projeto do FDR Four Freedoms Park demorou quarenta
anos a ser erguido, seguindo escrupulosamente o plano original do arquiteto
Louis Kahn.
Cobre a totalidade da ponta sul da ilha, hoje barrada
por um imenso estaleiro de construção que impede o acesso a não ser a pé, ao
longo de quase uma milha entre destroços e guindastes, debaixo de um calor
abrasador no Verão ou dos agrestes ventos do Atlântico, no Inverno.
Portanto um santuário virgem, apenas para crentes, um
lugar mágico que estimula o sonho e liberta o espírito.
O parque celebra o discurso das quatro liberdades, em
que o presidente, face à ascensão do nazismo e do totalitarismo, previu um
mundo fundado sobre quatro liberdades essenciais
Cinco magnólias com trinta anos, cento e vinte
árvores pequenas de folha de tília, uma barreira de rocha com onze mil metros cúbicos
de um composto de granito, parcialmente recolhido no local, que suporta a ponta
da ilha e a protege da erosão, um busto esculpido a bronze e as quatro
liberdades esculpidas num bloco de granito.
Uma bandeira das Nações Unidas e um monte de moedas
de Roosevelt.
E um enorme, soberbo e inspirador silêncio.
Seis de Janeiro de mil novecentos e quarenta e um
“In
the future which we seek to make secure, we look forward to a world founded
upon four essential human freedoms. The first is freedom of speech and
expression – everywhere in the world. The second is freedom of every person to worship
God in his own way – everywhere in the world. The third is freedom from want…everywhere
in the world. The fourth is freedom from fear…anywhere in the world”
Encheu-me o dia!
Estava pronto para regressar à Babilónia
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