Pesquisar neste blogue

domingo, 13 de julho de 2025

Flashback #10 - Plácidos Domingos

 


Quando Avilez se tornou numa joia, às mãos de um arquiteto brasileiro, de nome Niemeyer então o fumo industrial voltou a representar o orgulho ancestral e a geometria das formas 
Avilez é filha de um Deus menor, a traseira da cidade dos príncipes e dos bispos, a antecâmara das imagens de Parr nos areais que recortam a costa de Gijon até à Corunha.
Mas em Avilez descobrimos o lado inconformista do fervoroso norte, como se aqui, o vendaval basco entrasse pelo porto acima, sem se deter nos guindastes nem se afundar nas linhas de água.
Recordando o tema principal da exposição permanente do novo Centro Niemeyer, uma ilha branca, salpicada de cinco peças arquitetônicas incrustada na originalidade do seu design e com a singularidade da sua localização, entre as grandes indústrias e o porto, comunicando com a cidade através de uma ponte que reconcilia as paisagem, é como se tratasse de “uma unidade dividida por zero”, uma metáfora muito conveniente sobre a geometria e o drama humano que representa a confrontam das tradições estabelecidas com uma revolução dos elementos.
Ao entardecer da Praça Maria Pita, a cidade da Corunha veio viver para a rua, enfeitiçada pelos grandes espaços, vestida de gala para o grande concerto.
Não há fronteiras no Norte, mas também à muitos séculos que não há uma monarquia reunida das Astúrias e da Galiza



Sem comentários:

Enviar um comentário