Santiago, 2010
O meu personagem do fim-de-semana foi o Pablo.
Não digo Neruda, porque, se o fizesse,
logo se criaria um auréola romântica que distorceria a verdade do filme e,
provavelmente, quase todas as suas motivações e encantamentos.
Não sou, de todo, um cinéfilo, e
por isso sou um tanto desajeitado com o desenho da forma, com as subtilezas dos
diálogo e até com as mensagens subliminares que abundam no cinema de autor.
Por isso não entendi porque é que
o primeiro livro que Pablo deixou Oscar apreender fosse "As mulheres
quando vão ao zoológico, já não voltam."
Mas, construído sobretudo em
cenários de sombras profundas e de contraluz ostensiva, pareceu-me coerente
Santiago, 2010
Um jogo de pistas
Um bordel heroico, resistente ao interrogatório de um polícia de bigode e ao close up do realizador
Um oficial que seria general sem medo
E mulheres.
Santiago, 2010
São imagens que desfilam num
enredo que nos faz adivinhar o desfecho
Afinal de contas estávamos em
1948, do Óscar, o polícia, não restam vestígios de História e do Pablo, todos o
conhecem pelo poeta que foi apresentado à indolência boémia e parisiense pelo
seu amigo Pablo
Santiago, 2010
Democracias populares efémeras
entre ditaduras nacionalistas de pendor absoluto e um fascínio muito europeu pelas
histórias de exilados sobreviventes.
Neruda, o filme.
Premunição 1973, quando só a Europa permanece livre.
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