Todas as cidades têm o seu lado B.
Está na moda o lado B das
cidades: alternativas, irreverentes, inconformadas, normalmente (propositadamente)
abandonadas, mescladas de grafitis e edifícios em ruínas.
Menos visitadas e mais autóctones,
restos da cidade que todos procuraram esquecer nas últimas décadas
Os diversos pedaços de cidade são
como as modas, vão e veem, esquecem-se e idolatram-se e as últimas tendências
do pensamento contemporâneo vão para além do tradicional revivalismo da arte:
rendem-se ao passado, mas destruído, em estado puro, sem intenções de o reparar
ou de o reconstruir à nossa imagem (do presente)
Puro e duro!
Por isso não há cidade que se
preze que não tenha um novíssimo hábito de expor as entranhas ao Sol, e fazer
delas, santuários vudus da história recente.
Antes que volte a fúria
demolidora do império do betão.
Mas não é vulgar que o B seja o
A.
Exceto em Coimbra,ao longo de uma obstinada linha férrea que procura aproximar a cidade histórica do eixo Norte Sul!
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