Quando descemos as escadas entramos no mundo das entranhas,
um hibrido de cores amareladas e um preto e branco, sépia desfocada pelo
arrasto das luzes de um trem que se esconde nas curvas escuras dos tuneis
eletrificados.
Entorpecidos pelo ronco feroz do monstro das profundezas, não
há seres vivos que ousem desafiar a sua surreal e breve vida subterrânea entre as
escadas e a superfície, numa auréola de silêncio interior, rodeados de uma
multidão de sonâmbulos ruidosos que se embala pelo som dos trovões da caverna
É como se suspendêssemos a vida terrena por breves momentos!
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