Uma autocracia esclarecida que dedica, sem sufrágio,
aos assuntos de ordem pública e segurança do estado e que se mantém distante do
quotidiano dos cidadãos, na justa medida em que a inconsistência das massas
ameace a implosão do estado, enquanto ente e culto de personalidade.
Sempre foi assim na longa e complexa história da
Rússia, desde a criação da moscóvia até à revolução bolchevique.
Depois, a nova autocracia invadiu a individualidade e
instituiu o construtivismo hiper-realista e desprovido da Igreja ortodoxa.
Setenta anos durou a utopia do proletariado num continente
de camponeses
Hoje a vida quotidiana e artística reclama o
individual, comete autocensura e parece desinteressar-se dos assuntos de
Estado, para que a autocracia esclarecida garanta a ordem e a sobrevivência do
estado e à ortodoxia religiosa a crença das massas.
Como um livro de História!
Mas obviamente não há garantias que a História se
repita
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