Nos anos 30 do século 20 a arte encontrava-se ao serviço da nova revolução que se esforçava arduamente por afirmar Moscovo como o centro de um novo mundo, desenhado segundo os pincéis de uma boémia anarquista pré-guerra porque os padrinhos do construtivismo entendiam que a mensagem devia ajustar-se aos destinatários.
Apesar do curso da História e das correntes artísticas, há referências que o tempo não destrói, como a curva à esquerda na Охотный Ряд bem nas costas do pedestal de Karl Marx ou nos jardins do teatro Bolshoi.
Em tons mais sóbrios e menos festivos, porque há uma nova geração de gente muito séria que habita nos contornos do anel dourado.
E o presente de Moscovo não tem a ambição de ser reconhecido como uma cidade em festa, prefere as referências discretas e austeras dos negócios e do poder.
Mas a curva à esquerda sobreviveu à Guerra e à Paz.
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