O nosso Natal nunca foi feito de tons de branco, longas harmonias à volta da lareira ou de canções tradicionais.
Um imaginário nunca alcançável.
Apenas intervalos na agitação das noites longas embrulhadas em grandes volumes de papel colorido e panelas estridentes e de um vai e vem nas autoestradas reflectidas pelas luzes frias espelhadas no azul das placas de sinalização.
Reflectoras da nossa vida em passo de corrida.
Apenas intervalos.
Como o Sol de Inverno nas manhãs desertas do dia 25.
O Natal não seria o mesmo sem este fim de festa, em que o tempo pára e nós pairamos sobre o limbo do presente.
O que mais se aproxima do imaginário de paz.
Que o digam as renas perdidas entre os espelhos do rio e os reflexos das margens!
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