Are people born wicked?
(As pessoas nascem perversas? – Tradução
livre)
Elphaba e Glinda
Elphaba, a bruxa perversa do
Oeste que nasceu verde, uma espécie de marca de um amor adúltero, não é mais do
que uma agitadora política contra a opressão do maravilhoso feiticeiro de Oz.
Afinal, Elphaba era apenas
diferente.
Glinda a fada boa do reino era
afinal fútil, interesseira e servia os interesses do maléfico feiticeiro, para
enfeitiçar o povo com a sua beleza.
Mas, porque o acaso assim o quis,
Elphaba e Glinda eram almas gémeas, mas não sabiam.
Escolheram diferentes ângulos “Most of the
people, sometimes in his life, change ideals for protection and need for a
leading role”
Outros não.
“You do not have a real power, that’s why you
need spies, guardians and you banned animals from teaching”
Glinda e Elphaba e uma fábula, e
um reino de animais sábios.
Aparência e realidade
Glamour e miséria
Parecer e ser
Patriota e traidor
Propaganda e castigo
Escândalo e verdade.
“ Tu és tudo o que eu jamais
seria capaz de fazer, mas és minha amiga”
“Because I knew you, I have been changed for
good…”
Elphaba e Glinda
Lie & giving hope
Ângulos diferentes
Um mundo de estranheza e bizarria
Ou um pequeno dia de ambiguidade na (no
fascínio pela) cidade das Esmeraldas.
Gregory Maguire escreveu o
romance Wicked: The life and times of the wicked witch of the west em 1990,
quando as tropas do Iraque invadiram o Koweit, Nelson Mandela foi libertado
após vinte e sete anos de cativeiro, as Alemanhas reunificaram-se e Margaret
Thatcher resignou do poder.
E revisita as noções de obrigação
social e coragem pessoal numa época de descrença nas lideranças e no exercício
do poder.
O final é ambíguo, porque a
heroína salva-se mas sai de cena sem glória.
Ostracizada e expulsa, simulou a
sua morte para fugir à fúria de um povo enfeitiçado.
Desiste de tentar (explicar) mudar a cidade
das Esmeraldas, de ser mártir, e recolhe-se no confortável amor de Boq (o vértice
do triângulo do amor)
E nada pareceu mudar na cidade
das Esmeraldas, Glinda coroada e feiticeiro em desgraça.
O autor não resistiu ao mundo que o rodeia.
Muito diferente do apoteótico e
sangrento final dos jovens miseráveis das barricadas de Paris
Tempos modernos.
Folheio os jornais do dia e já
sinto a falta de Elphaba.
Consolo-me com a música e com o
espetáculo de cor.
Soberbo como sempre
Volto a folhear os jornais de hoje e entendo a Elphaba!
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