Movida Chiado
Passos em passeio, mas
determinados, descem a Garrett numa azáfama de quem sabe que este Sábado à
tarde é o último antes da chegada da tempestade Stephanie, amanhã Domingo!
E sobem a Rua do Carmo, detém-se
no maior dos ícones de Cascais, o Santini sem saudades da praia, fazem dos
cruzamentos pontos de encontro e invadem as ruas que não são pedonais.
Encostamo-nos nas bermas da rua,
receosos de uma agitação persecutória dos personagens vivas para quem se remete
à ausência de papel, sem pressas nem objetivos.
E sobram os nossos olhares fortuitos,
para o chão que corta os corpos e para as fachadas que cruzam os céus, sem
imagens frontais ou grandes angulares.
E a movida Chiado nem sequer
repara na timidez do voyeur, não lhe reconhece papel nem importância a um
narrador que não encara de frente os protagonistas da tarde de Sábado, no
bairro que até parece um cenário das nossas viagens pela Europa.
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