« A febre orientalista que se espalhou pela
Europa no início do século XIX, conduziu a uma representação romântica de
Marrocos, arquétipo de um Oriente por vezes fascinante e outras vezes,
repousante.
Mas as fantasias ocidentais serviram igualmente a
colonização…
No início do século XIX, os ocidentais são dominados
pela ambição colonialista. No entanto, do Oriente em geral e de Marrocos em
particular, eles não sabiam nada, ou quase nada.
Para eles, Marrocos não era mais do que uma parte do
Oriente, sem caraterísticas próprias, descrito como um império hostil e fechado
sobre si mesmo. Cientistas e exploradores, mas também artistas e romancistas
são chamados a contribuir para levantar o véu do mistério do Oriente.
Estes “orientalistas” lançam-se, de alma e coração,
naquilo que acreditavam ser um estudo racional e rigoroso da enigmática
sociedade marroquina.
Mas o etnocentrismo é tenaz. Os europeus veem o modo
de vida dos marroquinos através do prisma das suas fantasias.
Com o objetivo de criar sensação, os orientalistas
apenas descrevem os costumes que consideram mais insólitos e estranhos.”
In folha
de sala MACM – Musée d’Art et Culture de Marrakech
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