Sombras e sons.
É assim que imagino os longos finais de tarde,
debruçado sobre uma paisagem sem horizonte.
Propagando-se pelas ameias do castelo como as
armaduras dos cavalos dos guerreiros do rei Afonso, assobiando em todas as
reentrâncias, recompondo as pedras soltas de uma memória, construída sobre
centenas de anos de solidão nas alturas.
O jazz alonga as sombras, não é o Sol que se põe é o
saxofone que compõe as cores quentes, que reproduz o tilintar dos copos de
vinho, a vinha do reinado.
A quatrocentos metros de uma altura propagada por
sons fortes, todo o horizonte é de conquista.
São diferentes os nossos castelos de Portugal
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