As memórias vivem afinal à flor
da pele, seguindo os passos da escola, as ruas que procuram sobreviver à desertificação
absoluta do velho burgo que vivia outrora rodeada de verde e planície e hoje
deambula solitária entre edifícios que preservam estoicamente as história da
aldeia, agora cidade, cercada de construções que levaram as pessoas e afundaram
a planície entre viadutos e urbanizações interrompidas pelo colapso do El
Dorado.
As escolas são o elo que mantém a
memória de pé, privada dos eucaliptos, é certo, e do espaço circundante, aquela
imensidão de terra batida que unia as pontas do rio aos pontos cardinais mas,
num fim de tarde de Domingo, ligam o vale abrasador ao parque pulmão, verde e
sombra no centro da aldeia velha, que permanece, caminhos, bancos de jardim,
roseirais, absolutamente imutável!
E nesta persistência, o velho
parque é o único, mas enorme, resistente à desertificação do lugar, como uma
selva que destrói todas as tentativas de a domar.
Humana também, porque aqui, nós voltamos
a sentir gente no vale!
E ao rio, vento e planície, o
único local para onde a aldeia não cresceu.
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